Manual técnico para manutenções dos cabeçotes Volkswagen Gol flex Power
Desde o início da construção dos motores EA111 a Volkswagen vem usando inovações em motores, com objetivo de associar elevado torque e a potencia visando reduzir o consumo e as emissões de gases na atmosfera. Para isso criou uma família de motores o EA 111, aplicado em vários modelos de veículos com potências diferenciadas 1.0, 1.4 e 1.6.
Para conseguir resultados satisfatórios e funcionais foram melhorados a eficiência volumétrica, térmica e mecânica.
Com a qualidade do fluxo de ar devido às mudanças geométricas nos dutos de admissão do cabeçote, garantiu com isso eficiência volumétrica. Para melhorar ainda mais estas vantagens, criou-se também um conjunto mecânico denominado RSH (balancins roletado) do (alemão Rollenschelepphebel).
Esta tecnologia foi aplicada inicialmente no motor do Golf 1.6 litros.
Novas Tecnologias aplicadas
O motor de combustão interna é uma máquina térmica composta por um conjunto de peças fixas e móveis que transformam a mistura ar/combustível admitida em energia de calor que por sua vez é transformada em energia mecânica.
O principio de funcionamento físico de um motor a combustão interna depende diretamente de um aumento súbito de pressão no interior dos cilindros gerado pela combustão dos gases ali presentes. Esta pressão é chamada de compressão.
Cabeçotes atuais
Atualmente o cabeçote tem a função de alojar o eixo comando de válvulas, as válvulas de admissão, as válvulas de escape e suas peças complementares, como: retentores, guias, molas, tuchos, tampa de válvula, sensor de fase, balancins, etc.
O cabeçote é um componente importante no motor, montado com suas devidas peças móveis e fixas, tem a função de permitir o acontecimento da dinâmica gasosa nos ciclos de admissão, compressão, explosão e escape. Os quatro tempos já conhecidos de um motor em funcionamento.
Para que isto ocorra precisamente o comando de válvulas deve estar sincronizado com o eixo virabrequim onde ambos são acionados através de uma correia dentada ligada as suas engrenagens e tencionada corretamente para que não saia de seus alojamentos. Esta tensão é corretamente acionada por um tensor automático ou fixo deslizante por rolamentos especiais. Tornando-se possível através dos cames do comando, balancins e tuchos o acionamento de aberturas e fechamentos precisos das válvulas de admissão e escape.
Cabeçotes antigos
Nos motores com cabeçotes mais antigos do sistema Otto existem certos barulhos desagradáveis de (batidas de válvulas).
Na verdade são as folgas entre os cames ou balancins sobre a cabeça da válvula e que por mais que se regule esta folga conforme recomendações do fabricante, o barulho insiste em permanecer.
Para cabeçotes onde os tuchos são regulados através de pastilhas ou copos sobre medidas, o barulho de batidas de válvulas tem maiores intensidades, além disso, nos alojamentos dos tuchos, com o passar do tempo criam se folgas além do permitido entre o tucho e seu alojamento, piorando ainda mais o barulho de batidas impossíveis de serem retiradas nesses cabeçotes. Este sistema tem esta desvantagem, pois o deslizamento nos tuchos é do tipo forçado, gerando com isto atritos e desgastes irreversíveis. Os cabeçotes da Volkswagen AP e Fiat Fiasa são campeões nesse aspectos, já os cabeçotes Fire também da Fiat, esses barulhos são mínimos, devido ao sistema de lubrificação criado.
Motores com cabeçotes roletados
Nos motores EA 111 do tipo RSH, e os cabeçotes atuais da linha Chevrolet o acionamento das válvulas é feito por balancins que possuem rolamentos que minimizam as perdas por atritos mecânicos diferenciando-o dos sistemas convencionais em que ocorrem atritos de deslizamentos nos tuchos para o acionamento das válvulas.
Este sistema também permite mais possibilidades geométricas, por ter uma melhor curva de levante das válvulas com cames de pequenas dimensões e sem disposição de variação, ou seja, o comando de válvulas tem seus cames curtos e com suas pontas arredondadas, onde o atrito com o balancim de rolamentos (rolete) é quase zero, além da lubrificação ser perfeita.
Além de todas estas melhorias o cabeçote desta família de motor destaca-se em sua construção, pois foi possível construir alojamentos menores para os tuchos, o que resulta na adoção de câmaras de circulação do liquido de arrefecimento maior, melhorando consideravelmente a refrigeração na parte superior do motor proporcionando maiores taxas de compressão sem maiores problemas de superaquecimentos e da consequência da queima da junta do cabeçote.
Saiba mais sobre os cabeçotes da linha Volkswagen da família EA111
Para reparos técnicos, diagnósticos, entender a construção, medidas, folgas, altura e ainda como retificar este cabeçote com maior precisão, criei um manual técnico passo a passo para estes fins.
Termos de Uso
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